No atual trabalho da
disciplina de informática, foi nos solicitado que pesquisássemos 2 teses, 2
dissertações e 6 artigos científicos e fossem extraídos seu título, resumo,
palavras-chave, a referência completa do artigo nas normas da Associação Brasileira
de Normas Técnicas e fosse também postado o link do artigo. Segue o trabalho:
TEMA
DA PESQUISA:
Educação do corpo na escola.
TESE
1:
GALVÃO, E. F. C.; a produção de corporalidades na escola: uma
análise do projeto de Educação de Jovens e Adultos em Angra dos Reis. 242 f. Tese
(Doutorado) – Faculdade de educação, Universidade Federal Fluminense, 2004.
LINK
DE ACESSO: http://www.uff.br/pos_educacao/joomla/images/stories/Teses/edna%20galvao.pdf
RESUMO:
Analisar
o processo de construção de corporalidades no interior de uma escola noturna
que desenvolve um projeto direcionado a alunos jovens e adultos trabalhadores
requer uma análise da historicidade do corpo nesta instituição, admitindo que,
no mesmo momento em que a escola surgiu, não só começaram a construir os
sentidos de espaço/tempo produtivo e não produtivo, que se mantém, em grande
medida, até os dias atuais, como também surgiram processos normalizadores e
disciplinadores do corpo. As bases que instituíram o sistema educacional
relegaram o corpo a uma posição menor considerando-o apenas como
hospedeiro/protetor da mente, que tudo conhece e tudo cria. Neste contexto, um
sistema hierárquico se desenvolveu de modo a posicionar os diferentes sujeitos
em lugares e comportamentos específicos de acordo com o saber-poder adquirido.
Quando uma escola ousa experimentar uma prática diferente, que pretender rever
este espaço e, principalmente, construir relações mais horizontais entre os
diferentes sujeitos que a compõem, torna-se imprescindível analisar que outros
sentidos estão sendo construídos para as relações saberpoder-corpo neste
território, não para imputar um juízo de valor, mas para dar visibilidade a uma
nova prática e possibilitar a percepção de novos caminhos. A educação de
pessoas jovens e adultos é aqui apresentada no contexto de políticas públicas
excludentes, úteis ao controle e a expansão de uma classe dominante, ao mesmo
tempo em que também se apresenta como possibilidade de equalização das
injustiças e promoção de qualidade de vida social. Por isso, esta tese relembra
a constituição da cidade a partir da migração de sonhos, desejos e esperanças
de tantos brasileiros por uma vida melhor, buscando nas proveniências e
emergências da vida em Angra dos Reis o entendimento do processo educacional e,
particularmente, do projeto de educação de jovens e adultos do regular noturno
das escolas municipais. O roteiro desta viagem é composto por seis estações que
correspondem a um primeiro entendimento da intenção da pesquisa e caminhos
metodológicos priorizados; num segundo e terceiro momento, a um passeio
histórico pelas práticas da cidade e, particularmente, da Secretaria Municipal
de Educação durante três mandatos do Partido dos Trabalhadores; em seguida,
busca-se o entendimento do lugar reservado/esperado do corpo do aluno jovem e
adulto na sociedade/escola; para, então, conhecer o universo da pesquisa suas
intervenções e implicações; e, finalmente, visualizar o ponto de chegada com as
percepções do caminho percorrido e sua interferência no meu corpo-vivência.
PALAVRAS-CHAVE:
Não
apresenta.
TESE
2:
RIGONI, A. C. C.; Corpos na escola: (des)compassos entre
a educação física e a religião.
176 f. Tese (Doutorado) – Faculdade de educação física, Universidade Estadual
de Campinas, 2013.
RESUMO:
Esta pesquisa se ancora
no pressuposto de que a religião evangélica influencia na educação do corpo e
de que as diferenças decorrentes desta forma de educação podem ser percebidas
nas aulas de Educação Física (EF). Percebendo o fato de que os evangélicos
pesquisados durante o curso de mestrado estabelecem negociações e/ou
acomodações entre seus costumes religiosos e suas práticas cotidianas, a
intenção desta pesquisa foi compreender como este movimento acontece,
transformando as experiências religiosas e principalmente as experiências
escolares relacionadas às aulas de EF. Meu interesse foi compreender como e em
que medida os conteúdos da EF tensionam ou podem tensionar estes movimentos de
acomodação. Neste sentido, o objetivo foi analisar a trajetória das meninas
pesquisadas para compreender como cada uma constrói suas ações partindo da
relação entre a educação religiosa que recebem e outras formas de educação
relacionadas ao corpo, neste caso, especificamente o conhecimento produzido na
e pela EF. Mais do que isso, busquei entender como cada uma relacionava um tipo
de “conhecimento religioso” com aqueles produzidos e veiculado nas aulas de EF.
Para tanto, o grupo selecionado foi composto por cinco meninas pertencentes ou
a Congregação Cristã no Brasil (CC) ou a igreja evangélica Assembleia de Deus (AD)
e que estavam cursando os anos finais do Ensino Médio. Busquei acompanhá-las
durante o ano letivo de 2011, particularmente durante as aulas de Educação
Física. O método utilizado foi o etnográfico, tendo como principal referência o
conceito de “descrição densa” do antropólogo Clifford Geertz. Além das
observações intensas dos sujeitos selecionados, foram realizadas e registradas
entrevistas e conversas informais. No primeiro capítulo, esclareço o campo,
apresento os sujeitos selecionados e problematizo teórica e empiricamente
aquilo que tratei no decorrer do texto. No segundo capítulo apresento um
levantamento a respeito do entendimento de “corpo” e religião na análise
antropológica. No terceiro capítulo, analiso os dados da pesquisa de campo com
mais profundidade. A partir do entendimento das próprias meninas desenvolvo
algumas interpretações sobre a EF, seus conteúdos e as tensões que perpassam as
relações entre conhecimento religioso e aquele pertencente ao escopo da EF. No
quarto capítulo, avançando para os problemas que dizem respeito ao professor e
a escola, apontando a relação dos dados com a especificidade da escola e da EF.
Por fim, faço algumas breves considerações que não encerram, mas cingem algumas
reflexões, tornando-as menos soltas e mais palpáveis. Se questões continuam
sendo levantadas, neste momento elas parecem poder contar com elaborações mais
refinadas, ampliando a possibilidade de reflexão sobre o tema por parte de
pesquisadores e professores que se deparam com as questões tratadas.
PALAVRAS-CHAVE:
Educação Física escolar; corpo; religião; igrejas evangélicas.
DISSERTAÇÃO
1:
GOMES, L. R. e S.; Corpo e distinção social: códigos que
se marcam na escola. 156 f. Dissertação (Mestrado) – Centro de Desportos,
Universidade Federal de Santa Catarina, 2008.
RESUMO:
Esta
pesquisa busca compreender como vão se constituindo as diferentes formas de
perceber o corpo entre adolescentes no ensino médio. Especificamente, procura
verificar como se dão os processos de inculcação que têm o corpo como local
privilegiado a desenvolver diferentes habitus. Toma como base outra pesquisa
feita na França, na década de 1970, realizada por Luc Boltanski (1979), que
identificou que, na medida em que os agentes sobem na hierarquia social,
crescem as atenções e os cuidados que dispensam a seus corpos. Partindo desse
princípio, esta pesquisa se efetivou em duas escolas na cidade de
Florianópolis/SC que se diferenciavam pela classe social que as constituem
(escola pública/escola privada). Tomando classe social como categoria central
das análises, este foi um estudo comparativo. A escolha dos campos teve como
critério focalizar escolas pertencentes a classes sociais distintas: uma
proveniente da classe popular e outra da classe mais abastada. Os sujeitos da
pesquisa foram os alunos(as) de uma turma de segundo ano, uma em cada escola.
Os instrumentos metodológicos utilizados foram: observações das aulas de
Biologia, de Educação Física e os recreios das escolas. Também foram feitas
entrevistas com dois diretores acadêmicos e com os professores das disciplinas observadas,
além de análise dos planos de ensino das disciplinas pesquisadas e o Projeto
Político-Pedagógico das duas escolas. Por último, foram aplicados questionários
aos sujeitos da pesquisa. Em relação aos resultados, a pesquisa constata que,
nesses dois ambientes, as percepções corporais entre os adolescentes, no
sentido de perceber e cuidar do corpo, assim como na escolha das práticas
corporais e esportivas, distingue-se na medida em que os sujeitos se posicionam
em classes sociais diferentes, tudo isso se baseando em processos hierárquicos
e em construções sociais marcadas pelos próprios sujeitos que se encontram nos
espaços sociais estudados.
PALAVRAS-CHAVES:
Corpo, Habitus, Escola.
DISSERTAÇÃO
2:
MARTINS, C.; Educação do corpo na escola: o que se
espera da educação física no ensino médio? 71 f. Dissertação (Mestrado) –
Centro de ciências da educação, Universidade Federal de Santa Catarina, 2014.
RESUMO:
Considerando o papel da
Educação Física na educação do corpo, este trabalho pesquisou em uma escola da
grande Florianópolis o lugar da disciplina segundo sujeitos que não tem relação
direta com a área, mas que façam parte do ambiente escolar. Para tal, foram
realizadas entrevistas semiestruturadas com professores de outras disciplinas e
com uma supervisora escolar. Os resultados se organizam em duas categorias
analíticas: Educação Física: entre o gosto pela liberdade e o desgosto da
exclusão; Educação Física: disciplina sem conteúdo. Elas apontam para uma
expectativa de legitimação da Educação Física por meio de conteúdos e aulas
teóricas, mas também por meio da sua característica prática, o que evidencia
uma contradição.
PALAVRAS-CHAVES:
Educação Física Escolar; Ensino Médio; Legitimidade pedagógica da Educação
Física.
ARTIGO
1:
FARAH, Marisa Helena Silva. O corpo na escola:
mapeamentos necessários. Artigo. Faculdade de Filosofia Ciências e Letras
de Ribeirão Preto 2010, Universidade de São Paulo, São Paulo-SP, Brasil.
LINK DE ACESSO:
RESUMO
Este estudo propõe um mapeamento do corpo na escola,
na tentativa de possibilitar aos educadores iniciantes uma construção do olhar
para o aluno com seu corpo, bem como estimular o educador a se situar com seu
corpo nesse contexto. Partindo da análise de dois eixos interdependentes: (1) a
concepção de sujeito-corpo e (2) espaços e tempos do corpo na escola, busca-se
contribuir para a discussão educacional, expondo como o currículo, a didática e
a avaliação, entre outros elementos, podem sinalizar as considerações dadas ao
corpo. O estudo conclui mostrando o parodoxo representado pelos mesmos
elementos, quando problematizados por meio das relações de poder.
Palavras-chave: corpo, educação, currículo.
ARTIGO 2:
DIAS, Alfrancio
Ferreira. CRUZ, Maria Helena Santana. A
produção/reprodução do corpo generificado na escola. Artigo. Universidade
Federal do Maranhão 2015.
LINK DE ACESSO:
RESUMO
Este trabalho busca articular questões
epistemológicas presentes na abordagem dos estudos sobre corpo, gênero e
sexualidades, focaliza a “Pedagogia” do corpo, a produção/reprodução de corpos
generificados nas práticas escolares. A opção metodológica recaiu sobre a
abordagem qualitativa. A estratégia de coleta de dados ocorreu junto a 33
participantes (23 estudantes: 21 mulheres e dois homens) do
Curso de Licenciatura em Pedagogia da Universidade Federal de Sergipe, Campus
Itabaiana (SE) e dez professoras que atuam nos anos iniciais de duas escolas
públicas da Rede Municipal de Itabaiana (SE). O acesso aos respondentes ocorreu
em dois momentos: no primeiro momento, as/os estudantes
responderam um questionário aberto (sem identificação) sobre
temas relacionados ao corpo e às formas pelas quais ele é representado,
significado e experimentado nos conteúdos do curso. No segundo momento, realizaram-se
sessões de observação durante o acompanhamento das oficinas
do Projeto Educação e Diversidade de Gênero e Sexual vinculado ao Programa de
Iniciação à Docência (PIBID) que é desenvolvido por licenciandos e visa captar
as experiências e posicionamentos das docentes em relação ao trabalho dos/as
alunos/as. Os resultados fortalecem a argumentação inicial de que a escola
desenvolve uma pedagogia do corpo, cria um campo discursivo favorável ao
questionamento e à ruptura da naturalização do corpo, tão presentes nas
práticas sociais. Considera-se que a exploração da temática constitui um
desafio para todos/as interessados/as na produção do conhecimento sobre corpo e
educação, criando um campo discursivo para a análise da contribuição desses
estudos, bem como para refletir sobre os corpos como “construtos culturais” e
“performances”.
Palavras-chave: Corpo generificado.
Pedagogia do corpo. Práticas escolares.
ARTIGO 3:
FILHO, Claudio
Bertolli. OBREGON, Raquel Lange. Corpo, comunicação e educação. Programa
de Pós-Graduação em Educação para a Ciência, Universidade Estadual Paulista
(UNESP), Faculdade de Ciências, campus de Bauru. 2000.
LINK DE ACESSO:
RESUMO
O objetivo deste artigo é discutir as
dificuldades de comunicação de conteúdos relacionados ao corpo humano, no
contexto dos processos de ensino e de aprendizagem na escola fundamental e
média. Através da exposição das necessidades dos alunos e das reticências dos
professores, apresenta-se algumas teorias sociais como estratégia mediadora e
viabilizadora do melhor desempenho da ação pedagógica e da contribuição escolar
para a constituição do educando enquanto sujeito social.
Palavras-chave: Corpo
humano, ensino de Biologia, processos de ensino e de aprendizagem.
ARTIGO 4:
PROBST, Melissa. KRAEMER,
Celso. Disciplina, biopolítica e
educação: o corpo na escola. Poiésis - Revista do Programa de Pós-Graduação
em Educação 2011.
LINK DE ACESSO:
RESUMO
Este trabalho tem como
tema “disciplina, biopolítica e educação”, sendo ele de cunho teórico e
bibliográfico, fundamentado na obra de Michel Foucault bem como outros autores,
comentadores e estudiosos de Foucault. Este artigo é resultante das pesquisas realizadas
junto ao Grupo de Pesquisa “Saberes de Si” e parte da dissertação intitulada
“Corpo, devir e educação”, defendida em dezembro de 2010, do Mestrado em
Educação da Universidade Regional de Blumenau (FURB). Tomando como base o fato
de que o corpo é a base de percepção e organização da vida humana em todos os
sentidos e dimensões, o objetivo desse trabalho é chamar a atenção para os usos
do corpo na escola e seu lugar nas práticas pedagógicas, e refletir sobre as
formas pelas quais, historicamente, os dispositivos disciplinares e
biopolíticos se naturalizaram nas instituições escolares, enquanto mecanismos
de controle sobre os corpos.
Palavras-chave: Corpo; Disciplina; Biopolítica; Educação.
ARTIGO 5:
POSSATO, Beatris
Cristina. Primeiras pistas sobre o corpo
na escola. Revista Tempos e Espaços em Educação 2014.
LINK DE ACESSO:
RESUMO
Este artigo discursa
sobre uma formação realizada com professores de Educação Infantil, Ensino
Fundamental e Médio, em um Curso de Extensão. Neste curso foram realizadas
oficinas de expressão corporal. A tentativa era sensibilizar os professores
para as discussões que se pautavam nas expressões do corpo na escola e como
essas interferiam nas práticas escolares. Percebemos que as práticas escolares
podem estar pautadas apenas na lógica de uma disciplina autoritária, onde não
existem corpos, mas máquinas-pensantes, cujo nível de tensão a que são
submetidas poderiam levar os alunos e os professores, muitas vezes, a manifestações
violentas. Nessa lógica, o corpo-maquínico-pensante não necessitaria de
movimento, não seria sexuado e inserido na instituição escolar, estaria numa
realidade diversa da realidade vivida em outras instâncias da sociedade.
Palavras – chave: Corpo, Disciplina, Escola.
ARTIGO 6:
BASSANI, Jaison José. VAZ, Alexandre Fernandez. Mimesis e
rememoração da natureza no sujeito em Theodor W. Adorno: para pensar a educação
do corpo na escola. UNICAMP - Faculdade de Educação 2011.
LINK DE ACESSO:
RESUMO
A partir das
contribuições da Teoria Crítica da Sociedade, de Theodor W. Adorno, o presente
trabalho dedica-se a uma reflexão epistemológica e pedagógica sobre o tema do
corpo e suas expressões, em especial no que se refere a dois de seus motivos
originais: a questão da mimesis e a da rememoração da natureza
no sujeito. Como resultado, destaca-se a posição dialética que o corpo ocupa no
processo de esquecimento e denegação da natureza no sujeito, na medida em que,
se a ideia de natureza e da memória do sujeito em relação a ela é expressão de
uma subjetividade incerta e petrificada, por outro lado, no entanto, a partir
da valorização do comportamento mimético no âmbito das práticas corporais,
constitui-se a possibilidade de resistência aos imperativos da racionalidade
instrumental.
Palavras-chave: educação do corpo; rememoração da natureza; mimesis.